sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Gordon Ramsay: Ame-o 

ou... Não, Não o Deixe


Gordon Ramsay  
Descrever este chef, de origem escocesa e alma cosmopolita, por meio de números, é tarefa bastante fácil.
47 anos;
30 restaurantes e hotéis, de sua propriedade, ou sob seu comando, distribuidos em vários continentes;
15 estrelas Michelin ( o “Oscar” da Gastronomia); mais de 30 milhões de EUROS , faturados em 2012 e mais de vinte livros publicados, além de 7 realities shows de sucesso.
Definí-lo através de adjetivos, entretanto, é mister muito mais árduo. Nascido em Johnstone, Escócia, Gordon Ramsay mudou-se cedo para a Inglaterra e , com ele, mudaram-se, também, os problemas. O pai, patriarca de uma família de quatro filhos, era dependente químico, e a mãe se desdobrava, no emprego de enfermeira, para sustentar os filhos. Apaixonado por futebol, chegou a jogar profissionalmente em algumas seleções, mas uma lesão, aos 18 anos, o tirou, definitivamente dos campos. Foi então que resolveu se dedicar à culinária, terminando, na época, a faculdade de Gestão em Hotelaria.
De espiríto eminentemente competitivo, este chef de temperamento reconhecidamente difícil e bastante explosivo, goza da fama de ser conhecido, em seu meio, como o chef mais gritão do planeta.
Dos inúmeros realities que já conduziu, dois deles, no entanto, merecem destaque especial, o Hell's Kitchen, onde um grupo de cozinheiros disputa uma vaga de head chef em um dos seus restaurantes pelo mundo. Neste reality, que já está na sua décima primeira temporada, o chef Ramsay distribui gritos e xingamentos aos amendrotados aspirantes a chefs, que a cada episódio passam por uma espécie de “paredão” culinário, onde um deles logra ser eliminado. Tout de même.
Mas o mais interessante, mesmo, de todos os programas do
rabugento  chef é o Kitchen Nightmares ( Pesadelos Culinários ), levado ao ar, atualmente, pela Fox Life, Brasil. Neste tipo de formato, Ramsay é chamado, a restaurantes dos EUA, os quais estejam em situação financeira complicada, e, no prazo de uma semana, executa uma espécie de “consultoria privada” aos mesmos, na tentativa de salvá-los de uma falência iminente.
Falando assim, parece até algo aborrecido, e um tanto burocrático.Qual o quê!!!!. O programa apresenta, em toda sua extensão, uma complexa fórmula, composta não somente de generosas quantias de teimosia e falta de autocrítica dos consultados, mas também de divertidas pitadas de humor, do próprio chef. Munido de sua bombástica sinceridade, Ramsay distribui "generosas" parcelas de críticas, as mais ferozes e engraçadas, durante sua passagem pela cozinha dos “quase falidos” restaurantes.Ao final de cada show, sua equipe meio que reconstrói o layout do local, enquanto Ramsay cuida da reestruturação do cardápio, e da redistribuição das tarefas.
Há episódios, inclusive, em que o temível furacão escocês chega até a ensaiar um certo grau de sentimento pelas “ fraquezas” emocionais dos envolvidos no processo. Boa fórmula, apesar de tudo. N
o final, e afinal, vamos combinar, os números não deixam dúvidas. 
O cara é bom no que faz , ou não é?



Fontes e Fotos:

telegraph.co.uk